"Ainda ontem estava em França
E agora já estou cá!"
Autor desconhecido
Tour Eiffel, Notre-Dame, Versailles, Louvre, Georges Pompidou, Montmartre, Champs-Elysées. Who cares?
Breves notas sobre lojas de discos em Paris:
É obrigatória uma visita à
Crocodisc. Milhares de discos em vinil, organizados por secções, incluindo uma de música portuguesa que mal tive tempo para explorar a não ser para verificar que a Dulce Pontes (Pontez?) estava na secção de música espanhola. Rock psicadélico dos anos 60, discos refundidos de easy listening, funk, soul, jazz, afrobeat e hip hop ao desbarato, rock com pinta from US, discos franceses donde nem me aproximei. Milhares de cds em praleiras espalhadas pelas paredes das duas lojas (sim, são duas lojas, uma ao lado da outra) onde se tem que pedir a um dos donos que abra o aloquete do armário para, dessa forma, enfim ... retirar o disco. Preços a partir do euro e meio (vi por lá o Lords of Svek a esse preço), bastantes a 10, a maior parte a 15, alguns a bem mais do que isso. Um pouco caro mas é preciso pensar no poder de compra dos franceses: cerveja nunca a menos de 4 euros, entrada num club 40 euros, café, com muita sorte, a 2 euros. GRRRR! Numa primeira visita a loja estava fechada para férias (mais tarde iria perceber ser algo muito habitual durante o mês de Agosto), com a reabertura prevista para a véspera da data de regresso. De maneira que lá encaixei algum tempo livre de forma a estar lá breves minutos - modo
pick and run - o suficiente para ficar com a ideia que numa próxima visita será necessário adicionar o tempo aproximado gasto na visita ao Museu do Louvre. A Crocodisc fica na Rue des Ecoles, na Rive Gauche, mais ou menos paralela à Boulevard St Germain, perto da Sorbonne. Do centro, vai-se bem a pé mas também há metro, Clunny La Sorbonne, se não estou em erro. Existe uma
Crokojazz, só de - e não pode ser apenas coincidência :) - jazz mas não cheguei a ir lá. Na mesma rua da Crocodisk, tinha referenciado a
O'CD como uma loja de discos em segunda mão a visitar.
Next stop:
Betino's Record Shop. A Betino's estava fechada para obras. Da montra consegui ver a confusão, com discos espalhados pela loja, plásticos manhosos a tapar os cds, ladeados por escadotes e latas de tinta. O site menciona uma particular atenção ao vinil e à "música negra" - do jazz ao house, passando por tudo em redor: soul, funk, hip hop, latin, reggae. Os posters na montra confirmam esta informação. Morada: Rue Saint Sebastien, 32. Perpendicular à Boulevard des Filles du Calvaire, avenida que faz a ligação entre a Praça da Bastilha e a Praça da República e onde fica situado o restaurante Bragança. Se quiserem andar menos a pé, a saída da estação de metro de Saint Sebastien Froissart fica perto.
Um pouco acima da Betino's, fica a
Katapult. As minhas notas falam numa loja de discos e editora especializada em electrónica, mas a única coisa que vi foi uma loja fechada para descanso anual. Morada: Rua Franche Conté, 2. Esta rua não vem nos mapas e o melhor é procurar o cruzamento entre a Boulevard Du Temple e a Rue Charlot. Ou, em alternativa, sair no metro de Temple e ficar perdido.
Para aqueles que dispõem de pouco tempo para pesquisas e compras aconselho uma visita à
Virgin dos Campos Elisios. Coisa confusa, obviamente uma megastore, donde num primeiro instante apetece fugir a sete pés (o cheiro a suor, o horror) mas que - depois de descobrir a organização das secções e de me abstrair do ambiente caótico do local - se pode tornar num derivado de paraíso com diversos discos interessantes, boas secções de música electrónica, hip hop e funk, algum vinil e
occaz a bons preços. Um pouco mais cara mas igualmente digna de uma visita fica a
Fnac situada no espaço (horrível) dos Halles. Hip hop, soul e funk a dar com um pau, sensação agradável prejudicada pelo facto da loja fechar às 19:30 e da minha visita ter coincidido com as 19:20 e de os preços dos discos serem na generalidade acima dos 20 euros. Tão cedo não tenho vontade de voltar lá.
Quatro pequenas lojas de vinil que visitei quase por acaso e numa de "deixa cá ver o que é isto":
Silly Melody na Boulevard St Michel,
Souderground na Rue Letort, a
Street Sound na Rue Ganneron e uma pequena loja de hip hop só com vinil que encontrei por acidente na Rue St Dennis da qual, infelizmente, não fixei o nome (há fotos disso).
Não tive tempo para procurar a
Bimbo Tower. As minhas notas mencionam ser perto da Bastilha (Metro: Ledru-Rolin), especializada na divulgação de uma certa cultura alternativa mais underground de cuja filosofia já me senti mais próximo. Igualmente para uma próxima visita fica a
Hokus Pokus (techno, house minimal, trance, hard house e jungle).
Resultado do saque:
David Axelrod . 1968 to 1970 An Antology
El-P . Collecting The Kid
Rotary Connection . Peace
Rotary Connection . Alladin
Rotary Connection . Hey Love
Marlena Shaw . Anthology
Gift Of Gab . 4th Dimensional Rocketships Going On
Eyedea & Abilities . E&A
DJ Nu-Mark & Pomo . Blend Crafters
Boom Bip . Corymb
Common . Can I Borrow a Dollar?
Common . One Day It'll All Make Sense
Murs and Slug . Felt, a Tribute To Christina Ricci
Lalo Schifrin . Enter The Dragon
James Brown . Soul On Top
Roy Ayers Ubiquity . Mystic Voyage
Ivan Smagghe . Suck My Deck
Donald Byrd . Blackbyrd
Fela Kuti . Expensive Shit / He Miss Road
Meters . Rejuvenation
Resto do mês a pão e água.