segunda-feira, outubro 31, 2005

jesse somfay . we breath the stars through each other (12" traum, 2005)

Image hosted by Photobucket.com

tracklist:
a this fragile addiction
b for one brief moment, i was there


bio:
Born April 4th 1986 in Kitchener, Ontario, Canada, Jesse has been exposed to music and the arts throughout his childhood. He has always experimented with various instruments including guitar, piano and percussion. He was exposed to music at an early age, his father enjoyed listening to the music of Jean Michel Jarre, Tangerine Dream, Vangelis and other new age composers while Jesse enjoyed the new sounds, melodies and rhythms he was hearing. This combination of early musical experimentation and exposure to emotional music rooted itself in Jesse's mind and would later appear as he found electronic dance music.

Jesse discovered electronic dance music in the mid 1990's listening to the radio. Although this commercial dance was nowhere near Jesse's current taste in music, it was a beginning which would eventually lead Jesse to DJing and production. Jesse began experimenting with electronic production in the late 1990s. Although it was nothing serious, it did help feed his sense of rhythm which would continue to grow. He also took piano lessons for approximately half a year but later quit because he felt he needed to learn on his own.

In 2000, Jesse gained his first set of turntables and began buying techno records he had heard on online radio shows in the late 1990's. He played hard techno for a couple of years but his earlier musical preferences lead him to produce and play softer and more emotive music.
em discogs.com


passando por cima do lado a, "for one brief moment, i was there" inicia-se com um ritmo circular techno-house pouco convencional que gradualmente se vai transmutando num feedback contínuo, até o groove se despedaçar num eco espacial de si próprio.
gostava de ver como reagiria uma pista de dança a esta avalanche cósmica que termina onde "banshee beat" dos animal collective começa; do efeito narcótico da dancefloor para uma nuvem etérea, dançando na brisa sussurrante e invulgarmente quente duma noite de halloween.

sexta-feira, outubro 28, 2005

stephen malkmus & the jicks . pig lib (cd domino, 2003)

Image hosted by Photobucket.com
seven days in sunny june

nos últimos dias o autor deste blog virou à esquerda e impulsionado por um impulso [ahah] irresistível por canções regressou por umas breves horas - o tempo, dizem, de duas viagens ao porto, ida e volta - ao bom, cantarolável e sumarento indie rock.
"pig lib" é o melhor disco de malkmus depois do fim dos pavement.
hum...
pensando bem,
é melhor até que qualquer um dos discos da sua anterior banda.

quinta-feira, outubro 27, 2005

boy robot . rotten cocktails (cd city center offices, 2005)

Image hosted by Photobucket.com
lá fora a chuva cai e la la la

continuando a interpretação de capas de discos iniciada no post anterior (e terminada neste mesmo, prometo), "rotten cocktails" parece ser à primeira vista um objecto perdido do electroclash.
por outro lado, o carimbo da city center offices baralha a primeira interpretação, sugerindo estarmos na presença de mais um exemplar folktronico; o mundo já remoto em que o acústico e o digital se fundiam para produzir uma música apresentada como nova mas que não andava muito distante do shoegazing do inicio da década de 90.
no entanto as meias de rede rosa choque que ilustram a contra-capa e músicas de caracter duvidoso como "music toys for girls and boys" são enganadoras.
vacilando entre um certo ambientalismo romântico caracteristico da idm ["sweet honeybee of infinity" é boards of canada vintage, "live in vanilla" é aphex twin dos tempos de "richard d. james album"] e a música de dança mais funcional [os exemplos sucedem-se] a dupla Hans Möller e Lux Nigra estende padrões ainda pouco explorados e elabora um disco com personalidade vincada, apesar de heterógenea, emancipado e francamente inspirador.
"inspirador para quê?" perguntará o leitor mais atento.
eu vou ali e venho já.

segunda-feira, outubro 24, 2005

alex under . dispositivos de mi granja (cd trapez, 2005)

Image hosted by Photobucket.com
las bicicletas son para el verano, las pistas de baile para el año intero

a necessidade de ouvir música nova continua inversamente proporcional à vontade de escrever mas enquanto houver textos com a capacidade de substituir as opiniões do autor deste blog (ou seja, eu) tal não me parece impeditivo de continuar a despejar aqui as minhas coisas.
"dispositivos de mi granja" é um excelente disco, coeso e com uma evolução lógica entre os temas, oscilando entre o minimal techno da primeira metade do disco, que não ficaria mal na editora de plastikman, e uma versão uptempo desse mesmo minimalismo no tempo restante, situando espanha no epicentro de um triângulo estratégico formado por detroit, berlim e chicago.
a capa deixa adivinhar um tributo a um gosto entretanto perdido ou a um sentimento passado, sugerindo a ligação indissoluvel entre o pulsar das máquinas e a semente germinal da terra.
ou então não é nada disso e sou eu que estou a transportar o meu próprio imaginário infantil para a paisagem de árvores, ovelhas e montanhas que se pode ver na imagem que acompanha o disco e ilustra este post.

quarta-feira, outubro 19, 2005

dj koze . kosi comes around + matias aguayo . are you really lost (cd kompakt, 2005)

Image hosted by Photobucket.com Image hosted by Photobucket.com

link para um excelente texto na dustedmagazine.com.
telepatia: jon dale diz (escreve) tudo aquilo que eu penso sobre ambos os discos.
a chave aqui podia ser resumida numa frase, perfectly good albums that received muted responses because they were not as revelatory as their pre-album output.
no contexto verifica-se que esta frase se dirige a superpitcher e a m. mayer. em ambos os casos a observação é cem por cento verdadeira.
estes dois álbuns - mais "fraximal" e "1981", de ferenc e markus guentner respectivamente - simbolizam um ano bom para a kompakt quando esta parecia fora de jogo, ultrapassada pelo catálogo fulminante de labels emergentes como a dial, a sender ou a traum/trapez.
atenção a "de papel" - voz sobre um instrumental obsessivo - tema que inicia "are you really lost".
é uma das músicas do ano.
tão boa que até aparece duas vezes.

domingo, outubro 16, 2005

audion . suckfish (cd spectral, 2005)

Image hosted by Photobucket.com

mathew dear alter-ego.
detroit, usa.
longe da pop electrónica de "leave luck to heaven".
suckfish.org.
11 dancefloor burners.
dark techno.
acid-house, o revival de 05 que nunca chegou a ser.
psicadelismo.
e.
back alley sex.

ps: em dia de ressaca futebolistica uma rápida incursão pelos arquivos confirmou 3 coisas: preciso de um armário para vinis e de um gira-discos novo (e um i-pod também, já agora), "jack 2 jack" continua a fazer tanto sentido como na primeira vez que a ouvi e que "5th element" de cobblestone jazz (mathew jonson on jazz) passou-me despercebido durante quase três anos e não devia ter passado.

segunda-feira, outubro 10, 2005

o que ando a ouvir...

originalíssimo título para um post (humhum)

dez álbuns e outros tantos 12" que tenho ouvido compulsivamente nas últimas semanas, meses, dias, whatever.
dez de cada, porque hoje é dia dez do dez.

atmosphere . you can't imagine how much fun were having (rhymesayers)
audion . suckfish (spectral)
blockhead . downtown science (ninja tune)
dj koze . kosi comes around (kompakt)
flanger . spirituals (nonplace)
kanye west . late registration (roc-a-fella records)
misc . like morning in your eyes (sender)
modeselektor . hello mom! (bpitchcontrol)
murcof . remembranza (leaf)
whomadewho . whomadewho (gomma)

bruno pronsato . ape masquerade (musique risquée)
cosmic sandwich . man in a box (my best friend)
donnacha costello . no matter what i do (minimise)
konrad black . medusa smile (wagon repair)
lindstrom . i feel space (playhouse)
paul kalkbrenner . tatü-tata (bpitch control)
putsch '79 . arpeggio life (clone)
rené breitbarth . speedy gonzales (treibstoff)
richard bartz . ghettoblaster III (kurbel)
trentemoller . sunstroke (poker flat)

sábado, outubro 08, 2005

e se de repente ...

... escrever aqui voltasse a fazer sentido?