terça-feira, abril 26, 2005

Marco Passarani . Sullen Look (CD Peacefrog, 2005)



Bio: Marco Passarani vive em Roma e tem uma carreira de mais de uma década ligada à música electrónica. Editou em labels como a Generator e a Final Frontier de Detroit, a holandesa Interferred Communications, a alemã Hymen e as britânicas Skam e Peacefrog. Adicionalmente mantém a sua própria editora (Nature Records) e é aquilo que se consideraria chamar um símbolo do movimento underground romano.
"Sullen Look" reúne algumas das suas produções mais recentes, editadas já na Peacefrog, e contraria a ideia preconcebida de que um tipo chamado Marco nunca poderia gravar um bom disco.
Passarini está em muitos sítios ao mesmo tempo: desde o techno de Detroit ao acid house, do electro ao ambient, do italo disco à pop electrónica (aparte: "Critizice", um clássico de Alexander O'Neal, vocalizado por Orlando Occhio, aka gajo dos óculos dos Kings Of Convenience, faz parte de playlists de gente como Trevor Jackson, Ivan Smaghe ou Laurent Garnier) sempre com savoir faire e coerência. A sua - do disco - relativa complexidade estética e profusão de diferentes perspectivas relativamente aquilo que é a música electrónica actual retira-lhe o apelo imediato. Mas não há um momento menos interessante ou uma música que se possa considerar mais fraca e a revelação que estamos perante um excelente disco acaba por chegar após diversas audições. Entretanto e num primeiro instante, há "Dirty Needlework" e "Clair", paixões absolutas, que têm tudo - o groove, a sensibilidade melódica, a complexidade rítmica, as quebras inesperadas - o que faz as boas faixas.
Ao mesmo tempo celebrador do espirito hedonista da dancefloor e da electrónica mais introspectiva, "Sullen Look" faz lembrar, ainda que de forma não imediata, "Neurofibro", a obra-prima do ano passado de Claro Intelecto. Está uns furos abaixo: a heterogeneidade de estilos acaba por resultar em seu prejuízo. É, porém, igualmente recomendável.

quinta-feira, abril 21, 2005

Colleen

Mondo Bizarre.

quarta-feira, abril 20, 2005

Plastique De Rêve . The Sounds You Hear (12" Turbo, 2005)



Produtor, dj, músico, autor de bandas sonoras para performances, teatro, filmes e artes plásticas, Plastique de Rêve surge aqui na label do canadiano Tiga, numa altura em que o seu novo 12" ("Voodoo Kit") já se encontra - como dizer? - disponível nas melhores lojas do país.
O lado A é, resumidamente, dispensável. O ponto primordial de interesse concentra-se no lado B ("Do It", "So Many Things"), não tanto por se limitar à celebração do acid-house em estado bruto mas particularmente por elaborar uma nova forma relativamente simples sobre como soar austero e mecânico na mesma exacta fracção de tempo e proporção de espaço.
Seguem-se, portanto, com expectativas renovadas as próximas movimentações acid-house, estilo distante cuja recuperação começou em 2003 e sobre o qual os profetas de tendências musicais prevêm um novo summer of love já no próximo equinócio.
Hope so. :)

terça-feira, abril 12, 2005

Mathew Jonson . Marionette (12" Wagon Repair, 2005)



Autor de músicas emblemáticas como 'Typerope' ou 'Decompression', Jonson mantém o nível qualitativo na primeira edição para a sua label, ao mesmo tempo que estabiliza o seu ciclo produtivo na admirável média de mais do que um 12" por mês. (só no mês de Março editou "Gemini" na Itiswhatitis Recordings, colaborou na colecção Speicher da Kompakt e editou "Live EP" sob o pseudónimo de Cobblestone Jazz.)
Enquanto não sai o álbum, que Mathew Jonson assume não ser uma das suas principais prioridades, "Marionnette" é, provável e subjectivamente, o melhor tema deste início de 2005. Já longe do techno-house que o notabilizou, Jonson eleva a complexidade de emoções contraditórias - algures entre a tranquilidade e a euforia - e a multiplicidade de linhas melódicas a níveis como, no género, só Nathan Fake e Steve Barnes conseguem igualar.
No lado B, uma versão ao vivo da mesma faixa dá-lhe uma aspereza orgânica não muito diferente do original. A melodia principal surge subitamente eloquente após um silêncio prolongado, o que ajuda a reforçar o caracter épico da faixa.
Após "Marionette" não restam dúvidas do que o que sobressai em Jonson é o seu incrível talento como produtor, atribuindo a cada uma das suas edições a personalidade distintiva dos futuros clássicos.

quarta-feira, abril 06, 2005

12 discos para os primeiros 3 meses de 2005

Alex Smoke . Incommunicado (Soma)
Juan Atkins . 20 Years 1985-2005 (Tresor)
Kaos . Hello Stranger (K7)
LCD Soundsystem . LCD Soundsystem (DFA)
Lontano . Chroma (Factor City)
Luke Vibert . Lover's Acid (Planet Mu)
Marco Passarani . Sullen Look (Peacefrog)
Out Hud . Let Us Never Speak Of It Again (Kranky/K7)
Roots Manuva . Awfully Deep (Big Dada)
V/A - Minimize To Maximize (Minus)
V/A . New Thing! (Soul Jazz)
Whitey . The Light At The End Of The Tunnel Is A Train (1234)

segunda-feira, abril 04, 2005

Alex Smoke



“For me it was always going to be more about albums than singles, with the emphasis more on electronic music, as opposed to dance music. That was my preference, anyway. When you have a good album, each song leads onto the next, and when you hear one song on its own, you can’t listen to it without imagining the next one that comes after it on the album.”

Podem ler a entrevista completa com Alex Smoke através deste link.