segunda-feira, julho 28, 2008

You don't have to be a formerly wide-eyed raver to mourn the complacency behind today's dance music-- or more precisely, to mourn the atrophy of a particular sense of optimism, of possibility, that once seemed encoded in particular rhythmic structures and the ceaseless advancement of electronic music's shifting stylistics. Dance music is once again a lifestyle product, a soundtrack for entertainment. That's not entirely a bad thing; lord knows we could use some distraction these days. But even dance music's hedonism feels perfunctory, pre-programmed. I used to be enamored of Berlin techno's never-ending parties, but these days I wonder if the obligation to defer closure isn't hurting the music itself. Unless you're talking about a ritual music like gamelan, music isn't really intended to be consumed in 12-hour shots. A party culture (and drug culture) predicated upon parties that never end can only result in a music that thumps dully away without surprise or meaningful variation.

segunda-feira, julho 21, 2008

weirdo rippers



no age . eraser

os no age são um duo de los angeles, bateria e guitarra como os black keys ou os white stripes, semi-experimentais, semi-punk, semi sónicos, entre os sonic youth e os my bloody valentine (viram fotografias recentes do kevin shields? está velho, acabado, pior do que eu)

nos ultimos tempos, melhor do que isto no rock, só estou mesmo a ver os deerhunter. trocava na boa os sex pistols por no age em paredes de coura. :D

http://www.myspace.com/nonoage
http://noagela.blogspot.com/

segunda-feira, julho 14, 2008

summer reading (2)



o electro-funk funcionou como catalizador do house, do techno e do hip hop. greg wilson esteve lá, bem no centro do movimento underground que revolucionou a música (não só a música de dança) na década de 80, tendo sido um dos pioneiros da cena disco e electro no reino unido.
se seguirem o link podem ler uma entrevista a greg wilson no jazz diaries.

quarta-feira, julho 09, 2008

The Black Keys > The White Stripes



black keys . i got mine

segunda-feira, julho 07, 2008

summer reading (1)

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entrevista com osborne no site little white earbuds.

osborne, o álbum, é uma espécie de singela homenagem ao tempo em que a música de dança era simultaneamente luminosa e aventureira.

domingo, julho 06, 2008

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7 days in sunny june, já cantava o outro, foram mais do que isso mas também não interessa.
com, mais coisa menos coisa

apparat . things to be frickled
pilooski . dirty edits volume 1
osborne . osborne
black keys . attack & release
the mole . as high as the sky
atlas sound . let the blind lead those who can see but cannot feel
caribou . tour cd
john tejada . where
peter sarstedt . the best of
ellen allien . sool
no age . nouns
el guincho . alegranza
dominique leone . dominique leone
v/a . veros artis volume 1
quiet village . silent movie
v/a . an england story

terça-feira, junho 10, 2008

old school (7)



syndicate of sound . little girl

segunda-feira, junho 02, 2008

myspace (3)

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http://www.myspace.com/datassette

A fair chunk of Datassette is a lopsided take on electronica with a robotic fun(k) element to it, built around jerky breaky/brokeny/electro beats with odd noises thrown in.

datassette tem o primeiro álbum acabado de editar, na ai records, a mesma label de claro intelecto, jacen solo e sinner dc. disponível, para já, apenas em vinil.

sexta-feira, maio 23, 2008

james t. cotton . like no one [12" spectral, 2008]

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james t cotton surge em fotos recentes de blazer e barba blasé, misto de nanni moretti e steve carell, e ninguém diria que o homem jacka sublimamente. figura máxima de uma nova linhagem de produtores que exploram o jack, cotton promove a reinterpretação do espírito clássico do house e do techno, fiel aos originais mas não revivalista (o tal compromisso retro/non-retro que homenageia os originais mas não os copia, pelo menos de forma óbvia). mais arrojado do que o disco de osborne (como quem cotton partilha a
editora spectral e o projecto soundmurderer & sk-1) e menos claustrofóbico do que os seus trabalhos como JTC (JTC é o caos, quase só ritmo e ruído, nas margens do inaudível), "like no one" é aquilo que a boomkat classificou como "absolute sick stuff", logo é um disco absolutamente imperdível.

segunda-feira, maio 19, 2008

myspace (2)

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http://www.myspace.com/motorcitydrumensemble

Motor City Drum Ensemble is the house/techno moniker of Stuttgart’s Danilo Plessow (Inverse Cinematics) who is also running the new Four Roses label.

"breath control" era óptimo. "compost black label #27" também. "raw cuts" é o melhor 12" de todos. "get slapped up" é do segundo disco e toda a dinâmica da faixa parece estar centrada no pequeno círculo de ruído à volta do cowbell. com certeza virá daí - do chocalho - a ideia para a imagem da vaca.

sexta-feira, maio 16, 2008

old school (6)



kid creole & the coconuts . stool pigeon

segunda-feira, maio 12, 2008

osborne em 6 passos

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spectral
textura
myspace
discogs
resident advisor
youtube

quarta-feira, maio 07, 2008

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sleeparchive pode não ter actualmente o interesse que tinha há dois anos atrás (e o que é que tem?) mas continua a merecer destaque nem que seja por isto,
momento tenso e oscuro, como só o minimal consegue ser.

por falar em sleeparchive,
apetece-me contar um completo fait-divers.
alguém comentou no fórum da resident advisor, a propósito deste vídeo:
"Forgot to say about sleeparchive. I have never seen or heard anything
as boring in my whole life.
Bitterly disappointed, I thought it was a wind up. I was watching in
the chalet and just had to go down to see it if it was for real.
A guy standing behind a laptop, almost motionless apart from drinking
water, playing the most boring minimal, repetitive noises ever.
Bleugh."

sleeparchive citou isto no seu site e adicionou
"describes it
pretty well actually!! ;-) "

só visto.

segunda-feira, maio 05, 2008

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carl craig dispensa apresentações mas estas são inevitáveis: vem de detroit e é considerado um dos mais influentes produtores (djs? músicos?) techno do momento. philip sherburne é, entre muitas outras coisas, jornalista da wire. craig e sherburne encontraram-se em janeiro deste ano em berlim para a edição da "invisible jukebox" que acompanha a revista deste mês. a ideia é conversar (sobre música, sobre a vida, sobre o grammy que craig quase ganhava) enquanto, em fundo, o entrevistado tenta identificar as músicas que o entrevistador escolheu para esta espécie de jogo. o resultado (não editado) pode ser lido através deste link.

segunda-feira, abril 28, 2008

mathew jonson . marionette

omar s . set it out

redshape @ rockit 4 year anniversary, utrecht

o primeiro está confirmado no antipop.
agora faltam os outros.
vá lá - eu não me importo de ir três dias seguidos a viana.

segunda-feira, abril 21, 2008

myspace (1)

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http://www.myspace.com/diskjokke

a mini-masterpiece of handclaps, poignant piano notes, dubby synths, clattering drums, basslines that are by turns bubbling and mournful, techno bleeps, acid squelches and jacking rhythms that nod to classic Chicago house while sounding grooviliciousy Scandinavian. the guardian

melhor cena da smalltown supersound, depois de lindstrom e de bjorn torske.

sábado, abril 19, 2008

m83 . saturdays=youth [cd mute, 2008]

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segunda-feira, abril 14, 2008

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duas mixs, não "oficiais".

Omar S and Big Strick "A Mix From 1992 Recorded From Cassette Tape"
não faço ideia quem seja big strick mas o nome do disco diz quase tudo. contém electro (for real, não esta coisa que se faz agora e que enfim...), chicago house, detroit techno, acid de proveniência indeterminada. nada está identificado (as faixas aparecem com o nome "track 01", "track 02", etc) e tudo foi gravado a partir de cassete para cd-r, escrito à mão pelo próprio omar ("psychotic photosynthesis" é o TEMA de 2008) a dar um ar de autenticidade à coisa.
ouvir (samples de um minuto por música) aqui.

RA.098 Todd Terje
num estilo completamente diferente é a contribuição de todd terje para a resident advisor (site de referência de tudo o que é música electrónica). disco (not disco) esquizóide e esquizófrénico, para ouvir agora, que os dias estão mais longos e as noites...bem... e as noites também.
sacar aqui (save link as...).

Are there any special techniques that you can share with RA readers on how to properly groom a mustache?
I'll never share my secret recipe for successful facial hair! One tip, though: they say you stimulate the hair roots by shaving, so you should probably start shaving when you're nine years old.

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belo bigode, sem dúvida.

quarta-feira, abril 09, 2008

old school (5)



ts monk . candidate for love

segunda-feira, abril 07, 2008

santogold

a conversa em redor da critica musical é cansativa: o tipo X é muito original, logo é bom. Y é pouco original, logo é mau, mas se em vez de parecer tão datado fizesse a ponte entre o passado e o futuro já era bom outra vez. o tipo Z é mau porque faz lembrar muitas outras coisas, enquando o tipo W é bom apesar de ser inaudível porque não faz lembrar nada, se bem que pensando melhor o tipo Z faz lembrar muitas outras coisas mas soa fresco e revigorante, logo é bom (e não, o mundo não precisa dos vampire weekend para nada). usamos argumentos e exactamente o contrário deles com o objectivo de legitimar os nossos gostos, quando no fundo, é apenas isso - o gosto, algo mais inconsciente do que racional - que interessa. e depois aparece santogold e as convicções são abaladas. "find a way" é bom apesar de ser muito parecido (ok, igual) à MIA; "les artistes" é mau (é péssimo) não se percebe muito bem porquê. talvez seja da roupa.

segunda-feira, março 31, 2008

mathew jonson . symphony for the apocalypse [12" wagon repair, 2008]

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li há pouco tempo uma critica sobre os glass candy (ou seria sobre o moby? ahah... que piadinha) que tinha no meio a frase "it's more consistently smart and entertaining, pleasing and thought-provoking than 99.99% of whatever's filed in your local store's dance/electronica section". honestamente não acho que isso seja verdade sobre os glass candy, mas está muito perto de ser verdade sobre jonson.
o lado A é um tema massivo (acho que aqui há uns anos não existia a palavra "massivo" em português mas entretanto já actualizaram os dicionários) de pista de dança, generoso e apocaliptico, e uma das poucas coisas que me faria sair de casa propositadamente para ouvir num sistema de som de um clube. tido, vá lá, por mim próprio, como um improvável encontro entre os autechre e dj pierre (idm vs acid será sempre uma bela combinação) "symphony for the apocalypse" foge um pouco ao tom mais convencional do anterior 12" de jonson ("stop / real dreams" não passa dos 3.8 - em 5 - dado pelos utilizadores dos site discogs mas eu acho que merecia mais do que isso e vingo-me dando 5 a este disco) . no lado B, "twin cobras" é uma faixa mais lúdica, como se photek fosse um produtor de dubstep, com a linha de baixo inconfundível de jonson (ou dos cobblestone jazz dos quais faz parte) e uma dinâmica que aparentemente não leva a lado nenhum mas será sempre mais desafiante do que qualquer coisa em que os glass candy toquem.

sábado, março 29, 2008

eles sabem onde estavam quando ouviram os portishead pela primeira vez: num "quarto escuro, com a cabeça debaixo da almofada" (dummy não é só o álbum da vida deles: também é o álbum da depressão deles, nesse ano-desastre da entrada para a universidade), numa coffee house em tallahassee, florida, a estudar para um doutoramento, na sala do meio de um bar vazio em bragzzzzzzzz...zzzzzzzzz hum? desculpem, adormeci.