i got my mojo working

mira que nuyorica sucks y el nuevo disquito del quantic chico es una buena mierda.

olá a todos. sim, estou a escrever para vocês os dois.
uma semana cansativa [uuh sério] de trabalho pré-férias deixam-me sem grande espaço de manobra para actualizar isto.
não esperem grandes novidades até dia 1 de julho.
aliás,
não esperem mesmo novidade nenhuma.
até lá.

stereo - junho 2006

01. burial . burial [cd hyperdub, 2006]
02. rekid . made in menorca [cd soul jazz, 2006]
03. boxcutter . oneiric [cd planet mu, 2006]
04. v/a . elektronische musik - interkontinental 5 [cd traum, 2006]
05. junior boys . so this is goodbye [cd domino, 2006]
06. fujiya & miyagi .transparent things [cd tirk, 2006]
07. mikael stavöstrand . mosquito morpher [12" defrag sound processing, 2006]
08. sascha funke . in between days [12" bpitch control, 2006]
09. cursor miner . danceflaw [cd lo recordings, 2006]
10. roots manuva . run come save me [cd big dada, 2001], na viagem de regresso do concerto de dj shadow em lx.

less is more

[revisão da matéria dada - I]

a) heartthrob. "time for ensor" é um dos meus discos preferidos de 2005 e é minimal puro e duro, quase inerte, em 6 faixas que podiam definir um estilo inteiro. infelizmente jesse siminski não editou mais nada depois disto. deve-se ter cansado, coitado.

heartthrob . time for ensor

b) hrdvsion é nathan, irmão de mathew jonson. claro que é preciso estar com disposição para acompanhar as mudanças de direcção imprevisíveis no início disto tudo mas a partir dos 2 minutos e meio "oxygen sway" segue um rumo completamente diferente e torna-se num sonho lúbrico, com a melodia a aparecer em fundo e rapidamente a dominar tudo em seu redor.

hrdvsion . oxygen sway

c) o 12" mais recente de jesse somfay não era nada de especial mas o que dizer perante esta faixa?
sinceramente,
nem sei.
somfay em boa parte dos seus temas abusa no pitch mas é dos tipos mais interessantes do movimento. [grande tema que o gajo tem em elektronische musik interkontinental 5, minimal diluído no espaço até se transformar em ar líquido, uma das imagens de marca do seu autor. este é retirado de "we breath the stars through each other" e é anterior a tudo isto].

jesse somfay . for one brief moment i was there

d) villalobos. faixa extraída de "achso", melhor álbum deste ano (eheh), apesar de só ter 4 músicas (e chega, porque mesmo assim o total ultrapassa os 40 e tal minutos). "sieso" fica a pairar, recortada no ar, incrível, pungente, até alguém desligar a corrente eléctrica e irmos todos para casa.

villalobos . sieso

dj shadow . 3 freaks

no teaser para o seu novo álbum, dj shadow avança sem medos por territórios hyphy.
as opiniões dividem-se: há quem o acuse de traição aos seus fãs antigos e à sua própria arte, há quem fale em venda ao mainstream, há quem diga que dentro do género há melhor e o refrão não é grande coisa, há quem tenha exactamente a opinião contrária.
eu gosto. é música descomplexada, recreativa, ao mesmo tempo linear e enigmática.
podem ver o vídeo seguindo este link.

padded cell . are you anywhere? [12" dc recordings, 2006]

padded cell é a dupla richard sen e neil beatnik, djs e produtores que fazem, na denominação do site discogs, algo como dark-disco, goth-disco-rock ou devils-disco. espero com expectativa o seu álbum de estreia, previsto ainda para este ano, mas para já ainda só está disponível uma mão cheia de 12". "are you anywhere?" é o disco mais recente desse lote.
saltando diectamente para o lado b, que é o que interessa mais: "konkorde lafayette" é um tema fabuloso que conjuga arpeggios com guitarras em staccato, samples vocais, breaks disco e uma linha ritmica admirável e eficaz. só tem um defeito: aquilo que parece ser uma espécie de trompete amplificado, que se aproxima do mau gosto e, não sei porquê, me faz lembrar o "it's my life" dos talk talk, ouvido compulsivamente pelos meus 12-13 anos, única altura da vida em que me senti realmente infeliz. (deve ter coincidido com a mudança de voz ou algo assim no género)
o lado a é a banda sonora ideal para bailaricos num lobby de hotel decadente de um grupo de reformados ingleses em excursão às ilhas baleares.
algures entre o macabro e o festivo, a tragédia camp e a diversão ingénua, nunca se chega a perceber se isto é propositadamente irónico ou sequer se é irónico e é por isso que é muito bom.

myspace
konkorde lafayette