Disco Not Disco
Por razões várias só hoje pude ler o Y da última semana e o texto do Vítor Belanciano sobre a "vingança" do disco e a consequente revitalização recente do género.
Se os Metro Area e os Scissor Sisters são a faceta mais visível deste "revivalismo", não podemos esquecer figuras como Putsch 79, Tigerskin, Daniel Wang ou mesmo os Idjut Boys, na actualização recente de um género com quase trinta anos e na incorporação do hedonismo tipico dos 70's nas mais modernas linguagens da música de dança. Isto numa altura em que a dicotomia electrónica + atitude rock parece estar definitivamente esgotada e em que os piores momentos do disco original são analisados pelo seu lado folclórico e estão já demasiado distantes para ainda incomodarem a consciência do bom-gosto.
O texto assume a contextualização sociológica do fenómeno disco e a descrição pormenorizada das suas raízes, figuras e locais mais importantes a partir dos quais se disseminou a febre que atacou em força na década de 70 (documentada, por exemplo, no filme "Summer Of Sam" de Spike Lee).
No entanto a importância fundamental do disco podia-se resumir no parágrafo que encerra o texto principal.
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"Toda uma geração cresceu rodeada dos mesmos estigmas. Tinham-nos dito que era música funcional sem carácter - como se existisse música séria para escutar em casa e música irrelevante para a pista de dança. Afinal, com o "disco" começámos a perceber que a mente também baila e o corpo também pensa. A música moderna nunca mais foi a mesma."
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Nota: A propósito de disco não deixem escapar os mp3's que o Dub disponibilizou no HdB.
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