Kubik, ao vivo
Local: Mercedes, Porto
Hora: 22 horas. Mais hora, menos hora. :)
Pretexto: A edição da compilação 'Divergências.com'
Acompanhado apenas por um microfone e uma guitarra, sob uma base instrumental pré-gravada, Victor Afonso - aka Kubik - apresentou a sua visão particular da música, feita à base de um rigoroso trabalho de costura de múltiplas referências, que vão desde o universo das bandas sonoras de Bernard Herrmann, à música de desenhos animados da orquestra de André Popp, do d'n'b visceral de Squarepusher ao rock militante de Mike Patton, da música concreta de Iannis Xenakis à electrónica lúdica de Oleg Kostrow. (falar em 'música do mundo', em 'techno' ou em 'surf-music' também não viria a despropósito.)
Pouco mais de meia-hora depois, duas versões para os temas mais fortes do seu álbum de estreia ('Krautblues' e 'Space & Time: Proko', onde Whitman convive com os Capuletos de Prokofiev) e após ter tocado alguns temas que suponho venham a fazer parte do seu próximo disco (a editar ainda este ano) Kubik despediu-se com (uma versão da) remistura de 'Who Am I?' feita pela Stealing Orchestra, num instrumental delirante para jogos de vídeo anacrónicos.
Um concerto curto de um músico único em Portugal e que não merecia o pouco público que apareceu ontem à noite no Mercedes, num dos seus raros concertos na cidade.
Agora venha a primeira parte do concerto de Fantômas.
Bloco de notas:
Kubik
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