quarta-feira, março 24, 2004

Oneida . Secret Wars



Diz a Pitchforkmedia
One of the greatest benefits of tracking Oneida's career-to-date has been the relentless refinement of the 60s-influenced psych juggernaut they got rolling into a mesmerizing drone-rock hybrid seven years ago; every album has demonstrated constant development toward their uniquely iterative rock dynamic.

E eu, como não conheço os discos anteriores da banda de Brooklyn, acredito.

Diz a Dusted Magazine
We’ve reached a strange crossroads in the rock music world. No band ever sounds original, at least according to promo material and reviewers. As a music director at a college radio station, I see so many records that are described as sounding like such and such a band of yore who sound very little like the bands in reference. Critics don’t help any either. Instead of looking at what a record is trying to do, they so often turn to talking about who else the band sounds like, for lack of any real, concrete statements. We’re all vulnerable to it (hell, I dropped four band names in this review alone), but that doesn’t really help the state of music. If every band out there sounds like the Pixies, the Fall, PiL, or Neu!, then rock music has reached a sad, uncreative state. Association does not an album (or review) make.

Ponto para a Dusted.

E acrescenta o mesmo escriba mais à frente
Back to Oneida,

Pois.

Escreve a Spin
They channel experimental noise, acid-drenched riffs, and live-show spontaneity into a record of brilliantly crafted nuggets of lysergic rock that is easily their most consistent effort to date.

Alto lá. Aqui é capaz de haver um certo exagero.

Mas como sempre é preciso ouvir opiniões contrárias. Diz o Guardian
In light of Rough Trade's current success with the Strokes and the Libertines, it's easy to forget that, like all indie labels, it also releases obtuse obscurities that are destined to be heard by three men and a dog.

Corro o risco de fazer nesta história toda o papel de cão (béu béu, que piada bestial).

O tom de humor, às vezes, vem donde menos se espera. Não é o caso. Playlouder dixit
They actually sound like they've elected to live in a cocoon full of aromatic candles, a huge collection of musty records, some drugs, some books, and a collection of mid eighties Peel sessions alphabetically labelled on TDK C90s.

ahah!

Teoria geral: 'Secret Wars' é um disco que percorre caminhos do art rock, do terrorismo sónico, do krautrock, do lo fi e do garage, até terminar em catorze minutos de baixo groovy e numa conjugação guitarra, bateria e teclados muito Yo La Tengo dos tempos do 'Electr-o-Pura', formando um momento neo-psicadélico que se espraia, espraia até abusar da sorte e se tornar redundante, como uma bolacha de chocolate com recheio de cacau misturado com açúcar.

Ideia solta e breve momento de psicologia de algibeira: 'Secret Wars' traz como bónus o facto de me fazer recuar dez anos, até à altura em que os Sebadoh eram os meus heróis, a sua tristeza ambígua - simultaneamente fatalista e inconformada - a minha filosofia de vida e o air guitar numa raqueta de ténis o meu entretenimento solitário preferido.

Destaques maiores: 'Wild Horses' e '$50 Tea'. Dois temas fabulosos - respectivamente, com um solo de guitarra idiota *elogio* a separar um refrão frustrado de alguns versos deprimidos e um ritmo frenético, proto-punk, proto-disco, proto-tudo, completamente não síncopado e impróprio para quem sofre de arritmias cardíacas.

Próxima estação: Charalambides. Deerhoof. O 'Fabulous Muscles' dos Xiu Xiu. O
'Hypnotic Underworld' dos nipónicos Ghost. Acreditar que os Strokes nunca existiram. Mas, por agora, uma coisa de cada vez.