Últimos vícios
Depois de ouvir 'Unfortunately' ninguém diria que Dwayne Sodahberk é um dos elementos chave do tecno minimal sueco. (curiosidade:a música de Sodahberk é utilizada em anúncios publicitários para algumas marcas que simbolizam a elegância nórdica, como a Saab ou a Absolut). Imaginem Manitoba um pouco mais domesticado, os The Notwist com o dobro do talento ou os Múm sob o efeito de anfetaminas. Já imaginaram? Agora esqueçam isso tudo e tentem-se concentrar num som ambíguo: demasiado electrónico para os indieheadz e muito pop para os electro fans mas, por isso mesmo, susceptível de agradar a uma larga franja de público. Como escreve o cronista da Absorb, ''unfortunately' is what happens when everyone goes out and you stay home'. Mais prosaicamente diria que se trata de um disco muito recomendável que - como é habitual por cá, quando discos deste tipo não são editados pela Domino - se arrisca a passar despercebido.
Top 4: 'No Fun', 'Blow', 'Bird' e 'Set'.
Agoria é Sebastien Devaud, DJ francês que aqui faz a sua estreia. Pensem só nas coisas boas dos Daft Punk, de Etienne de Crecy, de Demon, de Cassius, de Detroit, de Ibiza. Pensem em house cheio de filtros, em electro euro-trash ultra-cool, em Tricky (que participa num dos temas), em DJ Hell, em Laurent Garnier, em Underworld, em pistas de dança rocky, funky, sexy. Se o objectivo é festa, 'Blossom' é um winner que apenas fraqueja quando os bpm's baixam e se aproximam do formato canção. Tivesse exactamente menos duas canções - 'Worth It' e '2thousand3' - e era um disco essencial. Assim, em tempo de subtilezas mornas, é 'apenas' um disco com uma energia fora do normal, aparentemente inesgotável.
Top 4: 'Stereolove', 'Presque Un Ange', 'All I Need' e 'Kofea'.
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